- Raffaele (Raphael)

Raffaele Serravalle
Nascido no ano de 1883


Naturalizado como Raphael Serravalle.

Na primeira fileira de fotos do quadro acima Raffaele em suas fazendas e com sua esposa Albertina.
Na segunda fileira os seus filhos José, Rafaelito, Alberto, Euvaldo, Antônio e Iolanda.
Na terceira fila os seus filhos já mais velhos Alberto, Antônio, Euvaldo e Iolanda.
Na quarta fila o seu filho Euvaldo com a sua família.

Devido ao processo de imigração o nome Raffaele foi substituído por Raphael. Iniciou sua trajetória de vida no Brasil no bairro da Calçada em Salvador, estado da Bahia onde montou um pequeno moinho de grãos. Mais tarde com o aumento da demanda evoluiu e investiu na exportação dos grãos, investiu também em uma cerâmica além de fazendas de gado (sua grande paixão), com o passar do tempo tornou-se um dos maiores proprietários de estabelecimentos comerciais do bairro da Calçada em Salvador, Bahia.

Devido a sua importância como comerciante e cidadão, teve seu sobrenome concedido a um importante centro comercial no bairro o Centro Empresarial Serravalle, mais tarde foi homenageado pelo Governo do estado da Bahia onde seu nome foi concedido a uma das melhores escolas públicas do estado o Colégio Raphael Serravalle. Ganhou também o título de Comendador, além do título de Cidadão da Cidade de Salvador concedido pela Prefeitura Municipal da capital baiana, entre outros títulos.

Raffaele Serravalle, casou-se com Dona Albertina em 1914 e teve 06 filhos.


MEMÓRIAS ETERNAS:

Memórias de Suzana do avô Raffaele: Uma das netas de Raffaele, ela conta que o avô era uma pessoa muito admirada e respeitada pelos filhos e empregados. Um homem rígido, porém sensível que amava muito os netos. Seu passatempo predileto era passear a cavalo pelas suas fazendas. Conta ainda que o avô tinha um desejo imenso em buscar o resto de sua família na Itália, falava muito de sua mãe Dona Tereza Mauro e do amor e saudade que sentia.
Era averso a jogos e gostava muito de estar cercado pela sua família.


Árvore Genealógica de Raffaele:

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Filho de Raffaele:
Euvaldo Leal Serravalle
(+ 19 de setembro de 1997)
Casado com Steffa Modric Serravalle


Filha: Sônia
Neta: Cíntia
Neto: Carlos
Neta: Cristiane
bisneto: Fábio
bisneta: Taís
bisneta: Milena

Filha: Suzana
Neta: Karina
bisneto:Lucas
Neto:Ricardo
Neta:Vanessa

Filho: Euvaldo Filho
Neto: Bruno
Bisneto: Bruno Filho
Neto: Euvaldo Neto
Bisneto Raphael
Neto: Elder

Filha: Rebecca
Neta: Ruth
Bisneta: Jade

Memórias eternas
Memórias eternas de Euvaldo pelo neto Ricardo: Meu avô... difícil escrever sem me emocionar. Lembro que ele tinha uma foto enorme de meu bisavô Raphael que ficava pendurada em seu quarto, conversei pouco com ele sobre meu bisavô, mas ficava claro o orgulho e saudade que ele sentia dos seus pais nas poucas vezes em que tocamos no assunto.
Seu Vavá como era conhecido entre os amigos, era uma pessoa adorável, bem humorada,  fazia piada com tudo, até em tempo ruim. Era um avô querido e adorado pelos netos, lembro que contávamos os dias para irmos a fazenda de Camboatá (em Mata de São João/BA) para encontrar com toda a família, primos, tios, avós. Era uma grande farra, as festas, a comilança, o convívio com os amigos, até Raul Seixas (o cantor) ia muito lá pra fazenda se refugiar (as famílias eram muito amigas) e ficávamos vendo ele cantar na varanda cercado de nossa familia e funcionários, e de dia tomando cachaça na vendinha que ficava na frente da cancela de entrada de Camboatá. Era uma farra, uma aventura que agradeço a Deus ter tido a oportunidade de vivenciar.
Meu avô nos acordava bem cedo para irmos tomar leite tirado na hora da teta da vaca no curral, acordávamos 05hs da manhã, colocávamos o Nescau no copo e íamos nos deliciar com leite fresco.
Lembro com muito carinho dos passeios a cavalo por toda a fazenda, das histórias que ele nos contava, do "gato-do-mato", da "lama da morte", da "ladeira da morte", esta que realmente existia no fundo de nossa cerâmica, fruto das escavações de barro. Era uma ladeira enorme que tentávamos a todo custo subir e poucas vezes conseguíamos. Isso me faz lembrar também da "arabaca", um fusca sem a carroceria e cercado com tubos de pvc criado para as explorações com os netos pelas fazendas.
Cada um de nós tinha um cavalo, o de meu avô chamava-se Fidalgo, um cavalo marrom, forte e bastante alto mesmo para os adultos, meu avô cavalgava elegante e parecia um rei em cima de seu companheiro.
São tantas lembranças... todas muito boas e saudozas. Meu avô foi uma pessoa muito marcante para mim, esteve presente em uma fase muito importante, infelizmente já no final de sua vida passou por momentos muito difíceis até de se comentar.
Sei que ele não foi tão perfeito, mas nada apagou nem apagará a imagem que tenho dele. Me comparando hoje com ele percebo que, mesmo com uma idade já mais avançada, ele possuia uma vitalidade enorme. Era um boêmio, um sonhador.
Tenho ainda uma grande e forte lembrança. Estive presente em sua última cavalgada, esta que aconteceu na cidade de Dias D'ávila, quando ele de repente saiu da inércia e deu uma "carreira com o cavalo" deixando a mim e a meu primo Netinho comendo literalmente poeira. Até hoje não acreditamos que nosso avô (naquela idade), seria capaz de cavalgar naquela velocidade e deixar-nos para trás. Vai ver ele já sabia.  Ah, são tantas lembranças...
Saudades eternas meu voinho.

Vista aérea atualizada da Fazenda de Camboatá

Vista atual da entrada (antigamente tinha uma leve curva à direita)

Casa Grande: o que antes era nossa casa hoje é um estábulo para cavalos
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Filho de Raffaele: 
Alberto Leal Serravalle

(+21 de fevereiro de 2013)
Casado com Celane Serravalle
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Filho de Raffaele:
Antônio Leal Serravalle
Casado com Vanda Serravalle

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Filho de Raffaele:
Raphael Leal Serravalle
Casado com Lourdes Serravalle

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Filho de Raffaele:
José Leal Serravalle
Médico, solteiro e sem filhos

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Filha de Raffaele:
Iolanda Leal Serravalle
Casada com Fernando, não teve filhos

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5 comentários:

Anônimo disse...

Muito linda a história da família de vocês, parabéns!!!

luisa disse...

Sou também da família Serravalle e gostaria de saber mais sobre a história da família do filho do Sr. Raphael, o sr. Raphael Leal Serravalle, que por ventura é também meu pai.

Luisa Serravalle
lmserravalle@ig.com.br

Wilson Figueiredo disse...

Luisa, trabalhei com seu oai Raphaelito e seu irmão Roberto, duas pessoas maravilhosas.

Unknown disse...

Boa noite linda essa historia da familia serravalle sou luís Fernando Silva lima fui marinheiro sou professor de história pela ucsal e policial militar 1 sargento da polícia ambiental.
E tive o grande privilégio de ser afilhado da excelentíssima senhora yolanda leal Serravalle e do excelentíssimo sr Fernando bandeira Duarte.
Agradeço a está família de todo o meu coração por tudo que sou hoje.
Enfim família Serravalle que nossos grandioso deus continue abençoando está família Serravalle.

Wilson Figueiredo disse...

Comecei com 14 anos de idade, agosto de 1966, a trabalhar no Moinho Serravalle, Raphael Serravalle & Filhos Ltda, no largo da Calçada, Rua Barão de Cotegipe, 36 em frente a estação de trem da Leste, com seu relógio imponente .
Meu chefe direto era Antônio Roberto Figueiredo Serravalle, filho de Raphael Leal Serravalle, Neto de Raphael Serravalle.
Roberto Serravalle pessoa maravilhosa, compreensível, amável, super inteligente. Foram 4 anos de aprendizado. OBRIGADO ROBERTO SERRAVALLE, que Deus o tenha.
No moinho Serravalle fazia de tudo. O moinho tinha a frente para o largo da calçada e o fundo se estendia até o mar. Não existia aquela pista sentido comércio.
Lembro de muitos colegas.
Dona Margarida, caixa.
A família Rocha. Seu Rocha, Luiza e depois veio o filho Antonio.
Nilson vendedor, Manuel, o contador Sr. Sanches (fumava muiito).
Lá chegava aquelas carretas imensas, que atrapalhava todo trânsito para entrar, carregada de ração Socil.
Vendia-se ração , milho, creme e fubá de milho, colorau, pintos, cordonas...
....
O velho Serravalle na época já bem velhinho era bem calado e detestava cigarro. Chegava pela manhã, sentava numa escrivaninha de madeira no fundo da sala e ficava escrevendo, andava por todo moinho sempre elegante e cordial (as vezes nao 😂).